Educação e Saúde Comunitária
1.1.1. Educação
Várias crianças carecem de condições básicas de alimentação, vestuário, material escolar, incluindo incentivo para prática de actividades de recreação. A KULIMA realiza actividades como workshops de mobilização do grupo-alvo, realização de encontros com as crianças e respectivas famílias e distribuição de Kits de material escolar, incluindo a construção de infra-estruturas escolares. O objectivo destas actividades é assegurar que todas as crianças tenham acesso à educação, promovendo actividades de sensibilização das comunidades, professores, sobre questões básicas de protecção de menores (direitos da criança, e trafico de menores) e violência doméstica.
1.1.2. Saúde Comunitária
Os programas de Saúde não devem ser realizados como específicos, e na experiência da KULIMA, para que o impacto seja eficaz, todos os programas de sensibilização sobre a prevenção do HIV/SIDA, Cólera, Tuberculose e outras doenças infecciosas e oportunistas, ficam inseridos num programa de “Educação Sanitária - Comunitária”.
Em alguns programas, o tema HIV/SIDA ocupa um capítulo específico. Por essa razão, os operadores sociais que realizam as actividades, focalizam as diferentes problemáticas desta pandemia, através das outras temáticas (como a gravidez, aleitamento materno, transfusão de sangue, drogas, etc.). Esta dinâmica integra e desperta muita atenção e aceitação nas comunidades, sobretudo, nas mulheres que reparam os problemas familiares no seu conjunto e não somente direccionados a uma situação eminente.
a. Malária
Qualquer proposta de intervenções comunitárias contra a malária deve considerar, mas não se limitar, aos seguintes elementos orientadores:(i) Capacitar a comunidade e os sistemas de saúde para promover a demanda e a aceitação da prevenção e controle da malária disponível; (ii) Promoção de iniciativas de alcance comunitário para fortalecer e reforçar o papel das intervenções dos Agentes Polivalentes Elementares (APEs) no controle da malária; (iii) Fortalecimento da capacidade institucional no setor de saúde pública para melhorar a capacidade de gerenciar os elementos-chave do programa de controle da malária e melhorar a disponibilidade de produtos relacionados; (iv) Alinhamento e coordenação com as equipes do Projeto na interação e engajamento com as comunidades e outras partes interessadas; (vi) Os esforços de controle de vetores baseiam-se em evidências contabilísticas e complementam os esforços do Programa Nacional de Controle da Malária (NMCP); Garantir a prevenção da malária em gestantes, por meio do encaminhamento de doentes aos serviços sanitarios para tratamento preventivo e distribuição de mosquiteiro tratado com inseticida (ITN); etc
b. Tuberculose
Em relação aos projetos de tuberculose, a KULIMA implementou programas de combate e controlo da infecção por TB e Silicose incluindo os seus efeitos no Sector Mineiro (entre mineiros, ex-mineiros, suas famílias e comunidades envolventes).
Os principais objetivos deste programa estão diretamente relacionados ao aumento da demanda por serviços, busca de casos de TB para diagnóstico e tratamento incluindo casos de HIV de pacientes com TB, acesso à informação e educação sobre prevenção, cuidados e tratamento pandêmico.
A KULIMA ganhou esta consciência de operar na educação integrada, devido ao impacto directo com as comunidades de base, que exigiram que a mensagem tivesse uma atenção aberta à todas as problemáticas da família e da comunidade no geral.
c. HIV/SIDA
Nesta componente, a KULIMA realiza atividades tais como: campanhas de conscientização para aquisição de conhecimento sobre a prevenção datransmissão do HIV/SIDA e adoção de atitudes positiva em relação à mudança de comportamento como forma de reduzir os índices de contaminação e contribuir para a redução da incidência do HIV/AIDS e outras famílias beneficiárias de doenças sexualmente transmissíveis; Diagnóstico sobre a situação atual e fatores que contribuem para a disseminação do HIV/SIDA.
1.1.3. Água e Saneamento
Nos programas nesta área, inicialmente é feita a capacitação de equipas técnicas e dos ativistas, que são fortalecidas em número e em conhecimentos práticos mais profundos de educação comunitária e ambiental de forma que as atividades de sensibilização da população tenham eficácia. É realizada uma série de treinamento para formação da equipe e depois da contratação de membros e seleção de ativistas.
Posteriormente são realizados encontros e seminários, o primeiro com o propósito de consciencializar a comunidade e garantir o mais alto nível de conhecimentos sobre: os problemas de erosão na comunidade; o valor da biodiversidade para a conservação dos solos e os benefícios ao rendimento de espécies florestais com valor e importância para o bem da comunidade. O segundo abordara temas como: Meio ambiente e a relação com a comunidade; Organização do espaço comunitário; Exploração e sobre-exploração dos recursos naturais; Conservação dos solos; Definição e escolha das árvores de maior interesse familiar; Utilização racional da lenha/carvão; Causas naturais da degradação do meio ambiente (erosão); Valor económico das fruteiras nativas e exóticas para o uso e sustento familiar dentro da comunidade.
As crianças que vivem em locais onde são implementados este projeto são a ponte de ligação entre os professores e os adultos, fazendo chegar a informação colhida na escola para os pais, por conseguinte à comunidade.
Para consciencializar aqueles que não se encontram envolvidos diretamente no projeto, há distribuição de cartazes/panfletos de simples perceção, escritos em língua local ou oficial e ilustrados com figuras coloridas de fácil visualização e interpretação.
Os comités de gestão ambiental são criados e se responsabilizam pela elaboração dos planos de atividades de carácter ambiental e ao mesmo tempo ficam na organização de eventos comunitários, das apresentações ou exposições artísticas que envolvem crianças e a população no geral.
Ocasionalmente ocorrem visitas aos distritos ou comunidades vizinhas com o intuito de tirar algumas lições dos mais experientes no assunto em causa, reduzindo alguns constrangimentos.
Atividades com a finalidade de reflorestamento são realizadas, ocorrendo nelas a formação de ativistas na área de reflorestamento e produção de viveiros para fornecer plantas a comunidade. Também e feita seleção de novas espécies para os viveiros onde a comunidade participa ativamente e as plantas produzidas em viveiros já tenham um lugar definitivo para o plantio. As escolas tem sido uma grande alavanca para o sucesso da iniciativa, sendo as crianças o canal para a materialização.
Parceiros oficiais: MISAU, MINEC, CNCS, UNAIDS, Emb. da França, e outras ONG’s Internacionais
