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Historias de Sucesso

 




A senhora Carlota António Manhique, viu pela primeira vez o fogão poupa lenha na localidade de Machulane, Distrito de Manjacaze, logo a primeira vista simpatizou com o mesmo.

Voltando a Xai Xai, procurou localizar a Kulima, e em Dezembro teve o seu primeiro fogão melhorado poupa lenha.

Na primeira pessoa, ela diz que antes do fogão melhorado poupa lenha ela gastava um molho de lenha por dia, actualmente ela gasta a mesma quantidade de lenha em 3 dias. Como chefe do quarteirão, ela tem estado a sensibilizar pessoas a aderirem aos fogões melhorados. Na sua casa vivem 6 pessoas.






Sou Laurinda Mapsanganhe (Tel 845778871), responsável da Rádio Comunitária de Moamba. Sou nova na rádio a substituir um colega que foi transferido. Quando cheguei, logo ouvi que a Kulima tem usado esta rádio e procurei por eles porque também ouvia das comunidades que muita gente usa fogões melhorados. Recebi a Delegada e sua equipe que vinham me missão de serviços cã em Moamba  e propus a Kulima para juntar todos intervenientes (rádio, Kulima, beneficiários, líder local) onde dávamos espaço aos ouvintes para dar o seu testemunho. Foi um sucesso porque entendi que a Kulima já fez um grande trabalho de sensibilização.

 




Chamo-me Sozinho Gabriel e tenho uma pequena barraca no mercado chamado Volcano, Vi trabalhadores da Kulima neste mercado a promover lâmpadas solares e fogões no mercado. Depois de ser sensibilizado e conhecido as vantagens da lâmpada solar, comprei uma para usar na minha barraca. O mercado não tem ainda energia e somos obrigados a fechar 18h principalmente neste tempo de frio que escorresse muito cedo.

Assim, com a minha lâmpada já consigo vender até ás 20 horas e fazer mais receitas diárias porque fico a espera das pessoas que passam no mercado depois do trabalho. Nessas duas horas extras, consigo vender entre 2000 a 3000 mts. Assim muitas barracas já requisitaram também as lâmpadas da Kulima por ver que eu fico a vender mais tempo.






Há pouco tempo na aldeia de Macupulane, Posto administrativo de Nguzene, distrito de Manjacaze, Sr. Afonso Simbine era um simples oleiro que produzia alguidares e tijolos. Quando incentivado pela Kulima, foi capacitado para a produção de fogões melhorados poupa lenha moveis e depois fixos com chaminé.

Hoje, ele é uma referencia entre os oleiros porque ele éo único que ainda produz fogões.

“Fomos formados quatro oleiros singulares e 12 membros de uma associação. Mas apenas eu me mantenho neste negócio. A associação se dissolveu e os oleiros singulares alegam ser um trabalho moroso. Para além de atender as encomendas que tenho tido, faço fogões poupa lenha e carvão para venda no mercado local”




 

 

 

Geralda Ernesto Mbie, nasceu a 19 de Dezembro de 1999 e em 2016, ela fez parte do clube amigos do ambiente da Escola Secundaria de Manguze, treinada por técnicos da Kulima na construção de fogões fixos com chaminé e foi construído um fogão em casa dela. Mesmo vivendo numa zona onde a lenha ainda não escassa, o fogão tem lhe sido de grande utilidade.

“O fogão melhorado aumenta a eficiência energética, é mais higiénico, reduz o consumo de lenha, reduz emissões de fumo e contribui na diminuição dos problemas de saúde como doenças das vias respiratórias, infecções de olho, etc.”

Por ter concluído a 12 classe já não faz parte do Clube e como não consegui vaga no ensino superior estou a mobilizar alguns dos meus vizinhos, com a ajuda da Kulima, para continuar a disseminar o uso de fogões melhorados na minha comunidade.

Para mim o uso de fogões melhorados é vista de diferentes formas, como consumidor, onde a sua utilização permite a redução do consumo de lenha e para saúde, com a redução de emissões do fumo, reduzindo deste modo problemas de saúde no seio da população. Por outro lado, também é vista como uma oportunidade de negócio para a população através da comercialização dos fogões e geração de renda familiar e melhoria da qualidade de vida da população.

 

 


  

 

Maria Firmino: Eu faço engorda de frangos de corte a dois anos atrás, tenho me deparado com as dificuldades impostas pelos custos de produção e o custo de energia tem sido quase que nem um calcanhar de Aquiles, mas felizmente descobri uma possibilidade de utilizar fogões poupa lenha para o aquecimento dos pintos (foram produzidos 6 lotes usando esse mecanismo). A vantagem dessa técnica não reside somente em produzir calor para os frangos, mas também na quantidade de molhos de lenha necessários por lote, geralmente 4 molhos/cada.

 


 

 

O meu novo fogão é limpo, ascende bem e não emite fumos. Cozinha todas refeições rapidamente para a minha família composta de 8 pessoas, inclusive asso frango bem grilado no final da semana. Cozinho matapa e Xima em pouco tempo e ainda aqueço agua do banho das crianças porque o fogão permanece quente. Agora tenho mais tempo para fazer outras coisas, conversar com amigas e ficar com meus filhos. A minha família está muito feliz e mais saudável com o nosso novo fogão Mbaula. De antes, as crianças tossiam muito e tínhamos sempre dores da vista por causa do fumo. Não vamos sofrer mais.

Lina Matavel, utilizadora do fogão, Maxaquene, Maputo

 

 


 

 

Eu sou Maria Matsinhe, Num belo dia,participei no mercado do Xiquelene uma promoção da Kulima de um fogão melhorado Mbaula que poupa carvão. Então decidi comprar para experimentar, dado que o carvão está carro e nem consigo poupar algum dinheiro para outras despesas.

Chegado a casa experimentei o fogão usando uma quantidade de carvão de 10 Mts, para ver se é económico ou não, tive a prova de que poupa mesmo, porque consegui cozinhar arroz e caril e ainda aqueci água para o meu marido fazer banho. Assim, já falei com as minhas amigas sobre as vantagens do fogão e elas também já compraram o Mbaula. Nunca mais usaremos o fogão convencional.

O meu marido está muito feliz porque já náo gastamos muito dinheiro para a compra de carvão.A minha vida melhorou muito, os meus filhos já não reclamam de dores na vista e tosse. O Fogão é económico, limpo, saudável e amigo do ambiente.

Sr. Maria Matsinhe “Utilizador”, Maputo

 


 

 

 Eu sou Alfiado Luzenda Manguide, pai de 3 filhos residente na cidade de Maputo, hoje sinto-me feliz e realizado por ter recebido a capacitação da Kulima para iniciar o negócio de produção de Latas do fogão melhorado Mbaula.

Eu iniciei o meu trabalho em 1996, com a produção de comedores e bebedores, em condições muito precárias. Numa primeira fase, investi com meu proprio dinheiro, mas o volume de produção era baixo, dado que o valor investido era baixo, não só a força de vendas era fraca.

Recebi uma proposta da Kulima para produção de latas para o fogão melhorado Mbaula depois duma capacitação com os latoeiros que já produziam o fogão há bastante e aderi com muita satisfação. A Kulima forneceu-me matéria prima para produção de latas, deu apoio técnico e apoiou na promoção do produto. Neste momento estou a produzir latas e a vender o fogão acabado “embutido”.

Eu uso também o fogão para poder promove-lo com conhecimentos não só de ouvir dizer.

Com este negocio, consegui melhorar a minha vida, construi uma banca convencional o que deu mais visibilidade ao  meu negócio e o volume de produção aumentou!!!Agradeço muito o apoio da Kulima e, espero que apoiem mais produtores.

Sr. Alfiado Luzenda Manguide “Latoeiro”

 

 

 

  Caso da realização da campanha de sensibilização porta a porta

A Campanha de Sensibilização porta a porta realizada no bairro Samora Machel/ Comunidade de Tihonhine, foi um caso de sucesso considerando a abrangência alcançada, isto é, foram alcançadas todas as famílias do bairro o que resultou no interesse de todas as famílias em fogões Fixos, assim foi construído os fogões fixos nas famílias que já tinham as cozinhas construídas e as restantes estão empenhadas na construção das suas cozinhas de modo a se beneficiarem também pelos fogões.

 

Carlota Antonia Manhique
Carlota Antonia Manhique
   
Geralda Ernesto Mbie
Geralda Ernesto Mbie

 

 


 

 

Depoimento de um Líder Comunitário

 Eu, como líder comunitário sinto-me satisfeito por ser envolvido e confiado, no processo de disseminaçao do uso de fogões melhorados nas familias e na comunidade no geral desde o inico do Projecto, pois, fazemos parte sempre das actividades da Kulima nas nossas comunidades.

Notamos que desde que o projecto dos fogões melhorados iniciou, as familias melhoraram as suas vidas, pois poupam as suas economias na compra de carvão e lenha, as cozinhas encontram-se limpas, a saúde das familias melhorou e está a reduzir o indice de abate de árvores nas florestas. Isso o que o Governo quer.

Recebi da Kulima um fogão gratuito para poder usar e sensibilizar as comunidades para usa-lo e vejo que funcionou mesmo. Tenho outro no escritório aqui no círculo e sempre que temos encontros com a comunidade, aproveito lembra-la que as famílias devem usar os fogões melhorados.

Penso que nos, como lideres, devemos dar exemplo as nossas comunidades.

Lidia Manavetana, Secretario de Bairro Polana Caniço

 

 


 

 

Produtores de Fogão melhorado poupa Lenha

Chamo-me Antonio Gigi. Eu e minha esposa somos dois oleiros do Distrito de Jangamo na Província de Inhambane. O  nosso estaleiro de residência se localiza em Mutamba, zona que concentra muitos oleiros. Pois, a Baixa de Rio Mutamba está muita rica em barro de alta qualidade e ao longo dos anos os residentes aprenderam a valorizar a matéria-prima.

Inicialmente, apenas produziamos tijolos de barro. Em 2011 beneficiamos duma formação proporcionada pela ONG Kulima onde aprenderam a produzir o fogão poupa lenha móvel. Desta data até hoje melhoramos os Standards de produção, que seja em qualidade como em quantidade.

Hoje em dia somos grandes produtores de fogões poupa lenha móvel, tendo produzido com o apoio da família (filhos e noras) durante o ano de 2015 cerca de 1.800 fogões poupa lenha moveis. Com a venda destes fogões poupa lenha conseguimos ter um rendimento de cerca de 144.000,00Mt, montante com o qual adquirimos uma junta de bois para transportar o barro da zona de estação até o estaleiro e forno, também iniciamos a construção duma casa em materiais convencionais (com paredes de tijolos cimentadas).

Durante o ano de 2015, eu e minha família fomos convidados pela Kulima Maputo para ir participar numa feira no Maputo, onde apresentamos amostras dos fogões e produzimos afrente dos visitantes. Ficamos bastante impressionados pela troca de experiência que tivemos durante a exposição. Voltamos mais fortes e entusiasmados para continuar a produção de fogões de grande qualidade. Pois, os fogões produzidos em Mutemba são muito apreciados por todos, bem queimados e bonitos por terem uma boa argila

Antonio Gigi “Oleiro”, Inhambane

 

 


 

 

 Produtor, Utilizador e Vendedor

Sou Maluana, oleiro de Boane. Desde há muito eu produzia objectos de barro como vasos, potes, panelas de barro etc. Em 2011, fui capacitado pela Kulima para a produção de fogões melhorados poupa lenha móvel. No final do mesmo ano, a Kulima me enviou junto de outros oleiros e latoeiros na Beira para aprendermos como se produz o fogão chamado Mbaula. Iniciei a produção do prato dado que a parte metálica é produzida pelo latoeiro e tive apoio da Kulima na construção dum forno maior para poder queimar muitos pratos. Fui melhorando até que agora sou muito conhecido na produção do Mbaula e tenho recebido muitas visitas para ver como produzo o prato com a minha máquina manual.

Em 2015, além de produzir o fogão, criei os pontos de venda e em coordenação com os meus colegas latoeiros, compro as latas e produzo os fogões completos que eu entrego nos pontos de vendas. Tenho recebido muitas encomendas. Consegui legalizar a minha olaria como empresa oficial. Sou o produtor, utilizador e vendedor do Mbaula no mesmo tempo. Vários produtores vêm tirar experiencia comigo por ser o primeiro a ser capacitado e com experiencia. Muitos pontos de vendas criados pela Kulima vêm também  comprar comigo em grande quantidades para revender. Estou muito contente do meu trabalho e neste momento estou prestes a terminar a minha casa. Sinto-me muito orgulhoso de ser referência na produção do fogão melhorado

 Maluana, Boane, Maputo

 

 


 

 

 

Perante uma seca prolongada!

 

 

Onde buscar água em zonas de grande aridez e,

como utilizá-la numa forma rentável?

 

 

A experiência realizada

com a Comunidade de Wamongo

com a colaboração da

TESE, KULIMA, CAOS e MITADER

 

 

Projecto PACA

 

 

UMA EXPERIÊNCIA QUE VALEU A PENA

 

VIVER E REALIAR!

 

Maputo: Junho 2016

 

 

Introdução:

 

A seca prolongada nas regiões sul do Pais nos anos 2015 e 2016 desabilitou a capacidade produtiva dos camponeses, assim como o gado sofreu, tendo morrido uma grande quantidade de animais por falta de água.

Todos os produtores deixaram as práticas agrícolas, acabaram de semear e de produzir vegetais, ficando somente à espera dos apoios governamentais e de Organizações internacionais, que providenciaram kits de alimentos e abastecimento de água potável com camiões cisterna.

Precisava reagir a esta situação e quando a CAOS de Portugal manifestou interesse de vir ao encontro desta situação desastrosa, a KULIMA, como ONG de longa experiência no terreno, tendo sofrido nos anos anteriores das mesmas calamidades naturais, foi ao encontro das comunidades afectadas pela seca.

Discutimos com elas, andamos em todo o terreno e identificamos possíveis fontes de água, aparentemente desconhecidas, mas que na realidade existiam e poderiam dar uma resposta positiva à calamidade da seca.

A primeira ideia foi de realizar furos de água, como era o hábito nos programas governamentais… Mas, tínhamos conhecimento das regiões do Sul, com camadas de água salubre, imprópria seja para as pessoas, assim como para o gado e para as práticas agrícolas.

Precisava encontrar água boa e potável, que pudesse satisfazer as necessidades globais da Comunidade.

Pela experiência passada, fomos pesquisar dentro do leito dos Rios secos e descobrimos uma camada de água potável a um metro de profundidade. Era e é água que por longo período, até três anos de seca contínua, continua a ser filtrada e corre até ao mar. É um rio invisível, mas vivo e que pode ser aproveitado.

Após várias pesquisas, escolhemos o lugar mais apropriado para iniciar a experiência de captação de água que iria servir seja para as famílias beber e utilizar na casa, assim como para abeberar o gado e reiniciar a pratica de produção de hortas.

As quantidades de base para responder a estas necessidades foram calculadas de 30000 litros por dia, sendo 20000 para as populações, 5000 para o gado e 5000 para as hortas.

Foram escolhidas duas empresas especializadas em matéria de captação de água e de construção de sistemas solares que de imediato estudaram todos os pormenores do programa apresentado pela KULIMA, fornecendo propostas concretas de actuação.

 

Fases de actuação:

- Perfuração manual no leito do rio, captação de amostras de água e sua análise: todo o processo resultou positivo e se deu andamento ao programa seguinte.

- Abertura de poço de captação de água: devido ao risco existente de encontrar água salubre, a captação teve que manter-se até dois metros e meio de profundidade de água. Para obter uma capacidade de água para ser bombada no exterior, o poço foi desenhado com um diâmetro de 3 metros, para garantir um volume de água de 18.000 litros, que somados ao litros de filtragem da água, durante todo o dia de luz,   com 1000 litros por hora, iria atingir a quantidade prevista.

- Assim ao longo da operação de captação o poço chegou a ter uma capacidade de 30.000 litros.

 

O sistema montado é composto por:

1. Um sistema de 10 painéis solares, colocados num lugar apropriado, de modo a captar o máximo da energia do sol, toda a estrutura protegida por uma rede galvanizada, de modo a assegurar que não haja roubo deste material procurado para a venda nos mercados informais. A comunidade assumiu a responsabilidade desta infra-estrutura.

2. Uma bomba submersível que vai abastecer de imediato um tanque de água de 5000 litros, colocado na zona mais alta da área produtiva.

3. Um viveiro adjacente ao tanque para produção intensiva de plântulas para serem transplantadas nos campos dos membros duma futura Associação. 

4. Um poço de controlo e de derivação da conduta de água, para abastecimento controlado seja do tanque da Agricultura, como para os tanques comunitários.

5. Uma conduta de água de 1350 metros de cumprimentos, até à zona escolhida pela Comunidade para instalação da torre com dois tanques elevados de 5000 litros cada de água.

6. Um fontanário com duas torneiras para abastecimento às 350 famílias da Aldeia.

7. Uma conduta para o abastecimento de água a um bebedouro com capacidade de 5000 litros, a uma distância de 50 metros do fontanário.

 

 RESULTADOS DESTE SISTEMA?

a. Mudança radical de mentalidade e de formas de luta contra a seca prolongada.

b. 30 Famílias organizadas em Associação e com campo produtivo de 5000 m2.

c. 350 Famílias com abastecimento de água potável

 

d. 500 Cabeças de gado garantidas no seu abeberamento diário.